Torcedor "comum" tem que ter direitos!

Não é a primeira vez que comento esse tema, sobre as torcidas organizadas, mas desta vez quero dar um enfoque para aqueles que não pertence a nenhuma torcida ditas organizadas. Sem dúvida nenhuma, os torcedores chamados hoje de comum, vem perdendo o seu espaço de consumidor, porque simplesmente as chamadas organizadas ditam as normas em um estádio de futebol. Não estou defendendo a extinção das organizadas, elas existem de fato, conquistaram o seu espaço com a leniência das autoridades, dos clubes e de determinados setores da imprensa, que viam em boa parte dos vândalos que fazem se infiltram no meio deles, eram torcedores que amavam por demais os clubes, ledo e terrível engano, ou simplesmente esperteza de quem permitiu o crescimento desses movimentos. O torcedor de fato não pode nem escolher o lugar no estádio que vai ficar, tem sempre alguém das organizadas em setores previamente selecionados por eles próprios, em reuniões com a polícia. Bandeiras do clube com mastros o torcedor não pode levar, o da organizada leva, sem problemas, embora que aqui em Alagoas a PM proibiu qualquer um levar bandeira, à não ser sem mastros. Cânticos em estádios são puxados pelas organizadas, geralmente esquecem o jogo em questão e passam se agredir verbalmente, numa guerrinha particular que não diz respeito ao clube, nem mesmo ao jogo, infelizmente! O torcedor comum, como ele não é organizado, de vez em quando é espontâneo, mas é engolido pelas palavras de ordem que buscam apenas agressões, antes, durante e depois do jogo, uma pena! É uma pena, até a década de 1980 dava para ir ao estádio, ver um CRB X CSA, por exemplo, sem problemas, com suas bandeiras, tremulando nos ônibus, carros particulares, bicicletas, ou até a pé, como era bonito ver a Siqueira Campos em dias de clássico, era um mar de gente, era o azul e encarnado, sem brigas, sem violência. Uma das cenas que eu mais me emocionei no Rei Pelé, foi CRB X Vasco da Gama, em 1979, na entrado em campo do time alagoano, o Rei Pelé vestiu-se de vermelho e branco, com milhares de bandeiras, com as cores dos clube, com o escudo do clube, nas mãos do verdadeiro torcedor. Hoje, infelizmente não temos mais isso, nem o Estatuto do Torcedor é para o verdadeiro torcedor, aquele que curte o seu clube, não uma instituição paralela!