Todo mundo sabe que eu CRB, pelo
menos os que me conhecem de perto, na escola aonde ensino, sindicatos, partido,
família, quer dizer, um monte de gente sabe! Ah sim, aqueles amigos que eu já
tive o prazer da convivência quase que diária e hoje nos comunicamos apenas
pelas redes sociais!
Escolhi relatar aqui um jogo
especial, neste 20 de setembro de 2015, já escrevera sobre ele, foi entre CRB X
ASA, final do 1º Turno do alagoano de 1981. Tudo bem podia falar de um
clássico, CRB X CSA, são inúmeros, entre alegrias e tristezas, tenho certeza
que tive mais alegrias aqui! Podia falar dos 3 X 2 de 1976, no dia 6 de junho,
com mais de 23 mil no Rei Pelé. Primeiro clássico do grande ídolo Joãozinho
Paulista, um garoto à época, marcou os três gols naquele jogo e garantiu o
título do 2º Turno para o CRB. Ou poderia falar do clássico de 1981, quando
morando em Arapiraca, com 17 anos, trabalhando numa fábrica de fazer grades,
recebi o meu primeiro salário e vim para Maceió assistir a estreia do Alexandre
Bueno, craque de bola, que fizera sucesso no Goiás. Com mais de 26 mil
pagantes, assisti ao jogo naquelas escadinhas que ficam do lado tradicional da
torcida do CRB. O jogo foi 1 X 1, com Almir marcando para o CRB, logo a 1
minuto de jogo, após receber passe milimétrico do estreante do dia!
São tantas emoções, não dá para
colocar todas aqui, por isso, agora vou me deter a um jogão especial, entre o
ASA e o CRB. Final do primeiro turno era a primeira vez que o ASA, depois que
mudou seu nome de Associação para Agremiação, depois de Arapiraca construir um estádio
com um gramado perfeito, único no interior de Alagoas até hoje, chagava a uma decisão
de um título, a cidade e região só respirava o jogão!
Meu pai, saudoso Nivaldo Mota,
azulino, me alertou a semana inteira para eu não levar uma bandeira do CRB para
o estádio Municipal, temia alguma violência gratuita (é bom frisarmos aqui,
existia violência naquela época, mas de longe se compara com o que temos hoje
em dia). No dia do jogo, a cidade parou, eu adolescente, fui comprar o meu
ingresso pela manhã na Praça Marques da Silva. Chegando lá na praça, observei
uma movimentação enorme de torcedores do ASA e também do CRB, que chegavam de
ônibus de empresa Progresso ou de carros particulares, com bandeiras de todos
os tamanhos. Comecei a armar uma estratégia de sair de casa com a minha
bandeira. A primeira foi ir de calça para o estádio, não de bermuda, colocaria
a bandeira por baixo da blusa e a calça ajudaria neste quesito. Peguei o mastro
da bandeira e deixei estrategicamente na casa do meu vizinho, quando saísse de
casa e dobrasse a esquina, era só desfraldar minha bandeira vermelha e branca,
com o escudão do CRB no meio, toda de cetim. Saí de casa às 13 horas, tinha que
ser essa hora, aproveitar que o velho Nivaldo dormia um pouco e fui para o
estádio. Na esquina como prometido tirei a bandeira por baixo da blusa, coloquei
no mastro e fui com a bandeira desfraldada, caminhando pela Rua 30 de outubro,
com um medo danado que alguém rasgasse. No caminho encontrei um amigo, Fábio,
que empolgado saiu com a bandeira agitando, gritando CRB, e eu todo preocupado!
Quando entro no estádio, vejo que as torcidas uniformizadas do CRB já tinham
ajeitado tudo, no lugar reservado a ela, por trás do gol de entrada do
Municipal. Fizeram ali uma arquibancada de madeira de circo. Neste local
reservado tinha umas 10 buzinas, aí foi só esperar o jogo começar, às 17
horas! O CRB venceu, foi o grande
campeão, com gols de Almir aos 13 minutos do primeiro tempo e Américo aos 24 do
2º tempo. Valmir descontou para o ASA aos 31 do 1º. O público pasmem vocês,
18.102 pagantes naquele estádio, dá para imaginar a loucura!
Terminado o jogo, festa da
torcida, volta olímpica e tudo mais, saiu radiante, meu time campeão, agito a
bandeira do CRB, entro na minha rua, esqueço-me do detalhe que eu saíra sem uma
bandeira e volta com ela, ainda por cima, meu pai me esperava na porta, mordido
com a minha demora e com o título do CRB. No portão mesmo, levei logo uma
bronca, na frente dos amigos da rua, entrei caladinho, podia brigar, mas o
título era nosso, era do Regatas!
Todo mundo sabe que eu CRB, pelo
menos os que me conhecem de perto, na escola aonde ensino, sindicatos, partido,
família, quer dizer, um monte de gente sabe! Ah sim, aqueles amigos que eu já
tive o prazer da convivência quase que diária e hoje nos comunicamos apenas
pelas redes sociais!
Escolhi relatar aqui um jogo
especial, neste 20 de setembro de 2015, já escrevera sobre ele, foi entre CRB X
ASA, final do 1º Turno do alagoano de 1981. Tudo bem podia falar de um
clássico, CRB X CSA, são inúmeros, entre alegrias e tristezas, tenho certeza
que tive mais alegrias aqui! Podia falar dos 3 X 2 de 1976, no dia 6 de junho,
com mais de 23 mil no Rei Pelé. Primeiro clássico do grande ídolo Joãozinho
Paulista, um garoto à época, marcou os três gols naquele jogo e garantiu o
título do 2º Turno para o CRB. Ou poderia falar do clássico de 1981, quando
morando em Arapiraca, com 17 anos, trabalhando numa fábrica de fazer grades,
recebi o meu primeiro salário e vim para Maceió assistir a estreia do Alexandre
Bueno, craque de bola, que fizera sucesso no Goiás. Com mais de 26 mil
pagantes, assisti ao jogo naquelas escadinhas que ficam do lado tradicional da
torcida do CRB. O jogo foi 1 X 1, com Almir marcando para o CRB, logo a 1
minuto de jogo, após receber passe milimétrico do estreante do dia!
São tantas emoções, não dá para
colocar todas aqui, por isso, agora vou me deter a um jogão especial, entre o
ASA e o CRB. Final do primeiro turno era a primeira vez que o ASA, depois que
mudou seu nome de Associação para Agremiação, depois de Arapiraca construir um estádio
com um gramado perfeito, único no interior de Alagoas até hoje, chagava a uma decisão
de um título, a cidade e região só respirava o jogão!
Meu pai, saudoso Nivaldo Mota,
azulino, me alertou a semana inteira para eu não levar uma bandeira do CRB para
o estádio Municipal, temia alguma violência gratuita (é bom frisarmos aqui,
existia violência naquela época, mas de longe se compara com o que temos hoje
em dia). No dia do jogo, a cidade parou, eu adolescente, fui comprar o meu
ingresso pela manhã na Praça Marques da Silva. Chegando lá na praça, observei
uma movimentação enorme de torcedores do ASA e também do CRB, que chegavam de
ônibus de empresa Progresso ou de carros particulares, com bandeiras de todos
os tamanhos. Comecei a armar uma estratégia de sair de casa com a minha
bandeira. A primeira foi ir de calça para o estádio, não de bermuda, colocaria
a bandeira por baixo da blusa e a calça ajudaria neste quesito. Peguei o mastro
da bandeira e deixei estrategicamente na casa do meu vizinho, quando saísse de
casa e dobrasse a esquina, era só desfraldar minha bandeira vermelha e branca,
com o escudão do CRB no meio, toda de cetim. Saí de casa às 13 horas, tinha que
ser essa hora, aproveitar que o velho Nivaldo dormia um pouco e fui para o
estádio. Na esquina como prometido tirei a bandeira por baixo da blusa, coloquei
no mastro e fui com a bandeira desfraldada, caminhando pela Rua 30 de outubro,
com um medo danado que alguém rasgasse. No caminho encontrei um amigo, Fábio,
que empolgado saiu com a bandeira agitando, gritando CRB, e eu todo preocupado!
Quando entro no estádio, vejo que as torcidas uniformizadas do CRB já tinham
ajeitado tudo, no lugar reservado a ela, por trás do gol de entrada do
Municipal. Fizeram ali uma arquibancada de madeira de circo. Neste local
reservado tinha umas 10 buzinas, aí foi só esperar o jogo começar, às 17
horas! O CRB venceu, foi o grande
campeão, com gols de Almir aos 13 minutos do primeiro tempo e Américo aos 24 do
2º tempo. Valmir descontou para o ASA aos 31 do 1º. O público pasmem vocês,
18.102 pagantes naquele estádio, dá para imaginar a loucura!
Terminado o jogo, festa da
torcida, volta olímpica e tudo mais, saiu radiante, meu time campeão, agito a
bandeira do CRB, entro na minha rua, esqueço-me do detalhe que eu saíra sem uma
bandeira e volta com ela, ainda por cima, meu pai me esperava na porta, mordido
com a minha demora e com o título do CRB. No portão mesmo, levei logo uma
bronca, na frente dos amigos da rua, entrei caladinho, podia brigar, mas o
título era nosso, era do Regatas!
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