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sábado, 22 de abril de 2017

Histórias do Futebol: O caso eu conto como foi! (2)

Posted at  03:56  |  in  



Histórias de um clássico! Fase de Classificação do  2º Turno do Campeonato Alagoano, 21.04 de 2012.


FICHA TÉCNICA

Renda: R$ 137.735,00
Público Pagante: 8.444/ Público Total: 10.288
Juiz: George Alves Feitosa; Assistente 1: Rondinelli dos Santos; Assistente 2: Fernando Maciel.

CSA: Flávio; Jackson ( Wagner), Cleberson, Jucemar ( Marcelo) e Rafael; Jucemar Gaúcho, Douglas Silva e Kel ( Claudinho); Washington, Rony e Júnior Paraíba. Técnico: Lorival Santos

CRB: Cristiano; Elsinho, Filipe, Rodrigão e Jadilson; Nilson, Diego e Geovani ( Wanderson); Daniel( Aloísio Pereira), Aloísio Chulapa ( Ewerton Maradona) e Wanderley.

Gols: Elsinho aos 25' e Jadilson aos 39' do 1º Tempo; Rony aos 26' e 36' do 2º Tempo



Fomos ao clássico perto do meio dia, primeira parada na casa do Tio Chico Firmino, deixar Matheus e Léo, azulinos, para irem ao jogo com azulinos, isso por conta da tal divisão de torcidas.

 Foi-se o tempo que iríamos todos ao estádio, eu já alcancei as torcidas do CRB de um lado e a do CSA do outro, mas os torcedores de misturavam, principalmente atrás dos gols, mas agora nem na rua podemos andar juntos, principalmente aquelas ruas em torno do Rei Pelé. Quantas vezes na Siqueira Campos, principal avenida que dá acesso ao estádio, todos andavam juntos, sem nenhuma violência? Agora é impossível, que coisa mais chata e absurda! Em tempo, Matheus é meu filho, e como o avô e todos os meus irmãos, virou azulino, Léo é um sobrinho pelo lado da minha esposa, também azulino!

Saímos do bairro Feitosa em direção agora do Vergel do Lago, destino, mercadinho da fera, João Tigre, presidente da CRB CHOPP, está havendo uma mini concentração para o clássico, lá vamos nós, eu e Lucas, o outro filho, este regatiano como o pai. Depois de algumas cervejinhas, fomos ao Rei Pelé, estacionamento do estádio, em frente ao Museu, paramos e muito bem equipados, com muita cerveja para sanar o calor, ficamos a conversar e esperar a hora de entrarmos no estádio para ver o jogo. Muita musica do Galo, muita festa e alegria, tudo reinando na maior paz, e olha que começou a passar muitos torcedores do CSA, que começavam a chegar ao setor de cadeiras do Rei Pelé, mas estava tudo bem, sem problema nenhum.

 Problema nós veríamos a partir das 14 horas, a Comando estava vindo, em seus famosos arrastões, fui ver de perto, e do nada, pelo menos de onde eu estava a PM começou a atirar balas de borracha, granadas de efeito moral, a massa se dispersa, correria, gente é atropelada, o vendedor ambulante perde suas cervejas porque é literalmente atropelado pelo povo correndo. Em um instante vem à chuva de pedras, a policia recua um pouco, nós vamos negociar uma saída para a crise instalada, o povão quer entrar no estádio, a PM continua a olhar a todos como inimigos, mas felizmente a coisa serena, e todos nós conseguimos entrar. 

Dentro do estádio, a tranquilidade é geral, ligo para o filho azulino, o identifico do outro lado através do celular, olha aí a modernidade, esta ótima a sua localização, longe da zona de um possível conflito, pensava eu, ledo engano!

 Começa o jogo, o CSA domina no início, o CRB equilibra e marca dois gols, a vitória é nossa, mas confesso, nunca gostei do placar 2 X 0, é o mais traiçoeiro, já dizia Paulo César Carpegiani, ídolo do Inter e Flamengo na década de 70, e hoje técnico de futebol. No final do primeiro temo estoura uma briga na torcida do CSA, grandes arquibancadas, a PM começa a atirar no povão com balas de borracha, minha preocupação aumenta, e se esta coisa sai do controle, com correria, as coisas se acalmam, ainda bem!

 Segundo tempo começando, o CSA dominando, o CRB recuando, eu pensando, já vi este filme, se levar um gol não segura mais o placar, e a vitória que parecia fácil, pode começar a escapar entre os dedos. Faltando pouco mais de quatorze minutos o CSA faz o primeiro, as mudanças do Joãozinho Paulista não surtem efeito, o Everton Maradona entra no jogo, mas não vai jogar nada, parece até que está com preguiça, e o CSA, que tem um time limitado, mas jogando com muita garra, consegue empatar aos 41 minutos do segundo, enterrando de vez com as nossas possibilidades de classificação. 

Termina o jogo, começa agora uma nova maratona de volta para casa, trânsito infernal pela Lagoa, e assim, termina mais uma odisseia de ir a um clássico entre CRB e CSA. Ainda bem que estamos garantidos na final do campeonato, aliás, o CRB foi o grande campeão no ano do seu centenário, quebrando um jejum de títulos de nove anos





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