Como frisei de véspera, a final do Alagoano não teria um favorito, muita gente achava que o CRB seria o campeão, aliás, Tetra, até azulinos achavam isso, não todos, mas estavam preocupados com o time do Mutange!
Mas futebol é no campo, e dentro das quatro linhas o treinador Marcelo Cabo do CSA, deu um nó tático no Mazola Júnior, no primeiro tempo do jogo. Foi avassalador o CSA, o CRB só veio dar um chute com um perigo relativo do goleiro Cajuru aos 40 minutos do jogo.
Mazola, como sempre, entrou retrancado, com os jogadores povoando o meio campo, mas não cuidou bem das laterais, nem Ayrton pela direita, muito menos Juliano pela esquerda seguravam as investidas azulinas. Com um meio campo que eu particularmente não gosto, nem Feijão ou Willians Fernandes, como verdadeiros “brucutus”, mas não sabem dar um passe de um metro, eram engolidos pelos meias Didira e Daniel Costa.
No primeiro gol do CSA, quando Echeverria foi lançado, pegou de cara Juliano, que vinha de contusão, improvisado na lateral esquerda, um dos erros do Mazola, não conseguiu segurar o jogador azulino, que chutou, João Carlos ia fazendo mais um milagre, mas Didira entrou como uma flecha, 1 X 0 CSA.
O segundo gol azulino foi aquele que caracteriza uma zaga bisonha, coisa que já falei por aqui, levar gol de lateral arremessado para área, todo mundo bateu cabeças, sobrou para Didira que furou e Daniel Costa finalizou, ali selou a sorte do jogo. Acho que Mazola e metade da torcida Regatiana pediram para acabar logo o primeiro tempo, o CSA ainda criou mais uma chance, João Carlos fez uma defesa de pagar ingressos.
Na segunda etapa o CRB foi para cima, quem abdicou do jogo foi o CSA, esperou por uma bola para matar de vez o jogo.
O CRB, logo com dois minutos da segunda etapa, Neto Baiano entrou no meio da área azulina, mas chutou para fora. Depois o atacante Regatiano tentou e lutou muito, mas teve a infelicidade da bola tirada na linha do gol, numa bicicleta do Xandão e a bola no travessão, era noite azulina!
CSA ganha um campeonato em que muitos não acreditavam mudanças no comando técnico, perdeu duas vezes para o CRB, embora na primeira partida, ainda na fase de classificação, foi melhor que o time praiano. Enfim, como clássico se decide em campo, o CSA mereceu o campeonato, porque na hora de decidir, decidiu não se acovardou diferente do CRB, com seu treinador medroso e retranqueiro. A torcida do CRB pergunta, porque não entrou no primeiro tempo com o espirito do segundo tempo?
Na decisão, tivemos o maior público do ano, quase 17 mil pessoas no estádio Rei Pelé. A torcida do CRB, mais motivada para as finais, fez a diferença, conferiu ao clube campeão em renda e público. Estou fazendo os levantamentos, mas para o meu leitor, o CRB em seis jogos em casa teve de renda total de R$ 865.519,00 com média de R$ 144.253,00. No público pagante em seis jogos o CRB levou 39.980 expectadores, com média de 6.663 e no público total com 47.022, com média de 7.837 torcedores.
Parabéns torcida Regatiana, ontem foi de uma fidelidade extraordinária, não abandou o time, só saiu com o apito final!
Crédito Denisson Roma/Globo Esporte.com
About 
0 comentários: