A campanha do CSA na Série B é excepcional, irretocável até aqui, virou o Turno em segundo lugar, com 34 pontos, tem tudo para brigar por uma das vagas para a Série A do Campeonato Brasileiro.
E qual é o segredo do CSA, o que fez do time alagoano um diferencial, jogando boas partidas, vencendo e convencendo em muitos jogos, evidente que teria altos e baixos, diria mais, ainda pode encontrar dissabores pela frente, mas a torcida, jogadores, comissão técnica tem que ver este momento como impar na história recente do clube.
A meu ver, a direção do CSA, aos trancos e barrancos, com as vaidades peculiares de qualquer ser humano, vem se arrumando internamente não é de hoje, tanto fora como também dentro de campo.
Em 2016 o CSA é vice-alagoano, vice da Série D, consegue o acesso, e chega em 2017 mais animados e tendo a possibilidade de um calendário mais organizado e previsível. É vice de novo do campeonato alagoano, perdendo para o seu maior rival, o CRB, novamente, poderia aquele mais um vice-campeonato ter abalado as estruturas azulinas, mas tiveram cabeça de gelo, mesmo com todos os problemas de ter sido um Tri-Vice para o seu maior rival.
Tocaram a bola para frente, a meta era subir para a Série B, não só conseguiram, foram mais além, foram campeões nacionais, campeões da Série C.
São três anos de gestão de Rafael Tenório, com todos os atropelos, pressões de todos os lados, mesmo assim fizeram poucas mudanças, e mesmo quando fizeram, foi tudo na hora certa, claro que nestas mudanças, podia dar tudo errado, mas para a felicidade da nação azulina, deu tudo certo até aqui!
Este ano manteve uma base campeã da série C, não fez um grande campeonato alagoano, com muitos erros, classicou-se para as finais num jogo dramático com o ASA, até os 52 minutos estavam se classificando o time alvinegro, quando o Boquita acerta um chute espirita e faz o gol salvador para os azulinos.
O CRB, neste mesmo campeonato, também não jogou nada, uma única partida que dissesse que valeu a pena, mesmo assim, os dois, foram melhores do que os outros concorrentes e chegavam a mais uma fina da competição.
A vinda do Marcelo Cabo, tão ridicularizada por setores da imprensa, da torcida do CRB, quando falavam da vida pessoal do rapaz, mas ele acertou o time, chegou a final e deu um nó tático no time do CRB, mesmo este ganhando a primeira partida, mesmo não se sabendo como!
Na segunda partida, foi aquele passeio na primeira etapa, reverteu o placar, segurou o ímpeto do CRB e ganhou o campeonato com justiça.
Por isso, para mim, não existe surpresa com a campanha azulina, tá certo que falar agora é fácil, mesmo que a sua posição seja uma coisa que possa estar fora da ordem, pelo investimento dos outros times na competição, mas não chega a surpreender!
Tem um excelente treinador, já foi campeão desta própria Série B, quando treinou o Atlético de Goiás, tendo o Vasco do Rio de Janeiro como concorrente!
Evidente que em muitos jogos o time azulino teve algumas dosagens de sorte, mas isso faz parte, em um jogo de futebol, isso acontece sempre, numa partida as variantes são muitas, mas o time do Mutange tem tido a capacidade e definir as suas vitórias e chegar até aqui como a grande novidade da competição!
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