São muitos assuntos para um artigo semanal, mas vou focar em um que acho relevante, essa história da elitização do nosso futebol, isso é real ou não é real?
Para quem cresceu como tantos da minha geração, ou um pouco mais acima, que o Brasil sendo um Continente, as nossas rivalidades clubistas começaram a existir com os estaduais. A até casos, em muitos lugares é bom que se digam, as rivalidades eram municipalistas, um exemplo claro disso é a cidade do Penedo, em Alagoas, com Penedense e Santa Cruz, vermelho e azul era o grande clássico da cidade ribeirinha!
Podemos citar outra cidade, também no Vale do Rio São Francisco, refiro-me a Pão de Açúcar, com Jaciobá (Azul) e Internacional (vermelho). Aqui em Maceió, com CRB e CSA, sim, como aqui se deu esta rivalidade, antes de ser estadual, pela dimensão política da capital alagoana, a rivalidade começou bem localizada, bem do lugar mesmo, bem próximo ao torcedor!
Se ela se espalhou foi pela influência da radiofonia, dos jornais, posteriormente a TV, mas tudo no seu tempo, mas a existência concreta destas rivalidades locais ou estaduais, elas se deram em seus próprios campeonatos, nunca nacionalmente!
Essa coisa de termos vinte clubes nas séries A, B e C, deixa alijada por nove meses o futebol feito na localidade, quantos desempregados por ai afora? Depois de três meses de estaduais, as pessoas na maior parte do Brasil só assistirá jogos pela TV, sendo que na maioria das vezes estes jogos e times não tem nada haver com a sua própria realidade!
O que eu particularmente defendo é que os estaduais tenham mais tempo, sejam mais duradouros, mais que isso, seja sim, classificatório para um verdadeiro campeonato nacional, com quarenta times no máximo, que tenham finais novamente, com menos tempo inclusive!
Devemos ver o todo, a elitização do nosso futebol elevou ainda mais as diferenças entre os nossos clubes. Impressiona ver um estado como o Rio de Janeiro, com a força que era nacionalmente falando, hoje está resumido apenas ao Flamengo, quem concorre com ele a nível estadual? Vasco, Botafogo e Fluminense tornaram-se pequenos, comparado com o Rubro-Negro carioca.
Aliás, a disparidade econômica do Flamengo e Palmeiras na Série A, mostrou claramente a disparidade em campo, os dois assumiram a ponta da competição, com orçamentos para lá de vultosos, os dois juntos levaram 1,1 bilhão de reais, em termos de Brasil é espantoso. Fazendo uma rápida comparação, o Ceará, que penou para ficar na Série A, o orçamento foi de apenas 52 milhões de reais.
Outra coisa que tem que mudar é o monopólio das transmissões esportivas tem que fazer como fizeram com a NBB (Liga de Basquete nacional), um pool de TVs transmite a competição, acabando com os horários das 22 horas, seria um começo interessante!
A Rede Globo não pode ter tanto exclusividade assim, sabemos dos podres poderes das federações e CBF, por isso que uma revolução dos clubes para criação de Ligas independentes seria fundamental para romper com os grilhões que impedem o verdadeiro futebol brasileiro.
Ou pensamos num todo o futebol brasileiro, ou iremos sucumbir sempre, hoje nossa “Seleção Brasileira” é uma “Legião Estrangeira”, com jogadores nunca vistos por aqui, nunca se tornaram ídolo em qualquer clube brasileiro. O mais aproximado disso é Neymar, misto de jogador com modelo profissional, em campo ainda não rendeu nem 10% do que se espera dele!
Viva as nossas diferenças regionais! Viva as nossas rivalidades estaduais! Fundamental a volta dos estaduais, nosso futebol cresceu ai, de forma amadora, com todas as dificuldades, imagine isso sendo bem mais profissionalizado, todos ganharíamos com isso!
São muitos assuntos para um artigo semanal, mas vou focar em um que acho relevante, essa história da elitização do nosso futebol, isso é real ou não é real?
Para quem cresceu como tantos da minha geração, ou um pouco mais acima, que o Brasil sendo um Continente, as nossas rivalidades clubistas começaram a existir com os estaduais. A até casos, em muitos lugares é bom que se digam, as rivalidades eram municipalistas, um exemplo claro disso é a cidade do Penedo, em Alagoas, com Penedense e Santa Cruz, vermelho e azul era o grande clássico da cidade ribeirinha!
Podemos citar outra cidade, também no Vale do Rio São Francisco, refiro-me a Pão de Açúcar, com Jaciobá (Azul) e Internacional (vermelho). Aqui em Maceió, com CRB e CSA, sim, como aqui se deu esta rivalidade, antes de ser estadual, pela dimensão política da capital alagoana, a rivalidade começou bem localizada, bem do lugar mesmo, bem próximo ao torcedor!
Se ela se espalhou foi pela influência da radiofonia, dos jornais, posteriormente a TV, mas tudo no seu tempo, mas a existência concreta destas rivalidades locais ou estaduais, elas se deram em seus próprios campeonatos, nunca nacionalmente!
Essa coisa de termos vinte clubes nas séries A, B e C, deixa alijada por nove meses o futebol feito na localidade, quantos desempregados por ai afora? Depois de três meses de estaduais, as pessoas na maior parte do Brasil só assistirá jogos pela TV, sendo que na maioria das vezes estes jogos e times não tem nada haver com a sua própria realidade!
O que eu particularmente defendo é que os estaduais tenham mais tempo, sejam mais duradouros, mais que isso, seja sim, classificatório para um verdadeiro campeonato nacional, com quarenta times no máximo, que tenham finais novamente, com menos tempo inclusive!
Devemos ver o todo, a elitização do nosso futebol elevou ainda mais as diferenças entre os nossos clubes. Impressiona ver um estado como o Rio de Janeiro, com a força que era nacionalmente falando, hoje está resumido apenas ao Flamengo, quem concorre com ele a nível estadual? Vasco, Botafogo e Fluminense tornaram-se pequenos, comparado com o Rubro-Negro carioca.
Aliás, a disparidade econômica do Flamengo e Palmeiras na Série A, mostrou claramente a disparidade em campo, os dois assumiram a ponta da competição, com orçamentos para lá de vultosos, os dois juntos levaram 1,1 bilhão de reais, em termos de Brasil é espantoso. Fazendo uma rápida comparação, o Ceará, que penou para ficar na Série A, o orçamento foi de apenas 52 milhões de reais.
Outra coisa que tem que mudar é o monopólio das transmissões esportivas tem que fazer como fizeram com a NBB (Liga de Basquete nacional), um pool de TVs transmite a competição, acabando com os horários das 22 horas, seria um começo interessante!
A Rede Globo não pode ter tanto exclusividade assim, sabemos dos podres poderes das federações e CBF, por isso que uma revolução dos clubes para criação de Ligas independentes seria fundamental para romper com os grilhões que impedem o verdadeiro futebol brasileiro.
Ou pensamos num todo o futebol brasileiro, ou iremos sucumbir sempre, hoje nossa “Seleção Brasileira” é uma “Legião Estrangeira”, com jogadores nunca vistos por aqui, nunca se tornaram ídolo em qualquer clube brasileiro. O mais aproximado disso é Neymar, misto de jogador com modelo profissional, em campo ainda não rendeu nem 10% do que se espera dele!
Viva as nossas diferenças regionais! Viva as nossas rivalidades estaduais! Fundamental a volta dos estaduais, nosso futebol cresceu ai, de forma amadora, com todas as dificuldades, imagine isso sendo bem mais profissionalizado, todos ganharíamos com isso!
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