Direção do CRB: Dá glória ao caos!

Passado a final do Alagoano/2019, com mais um título do CSA, nas cobranças de tiro livres, a famosa decisão por pênaltis.

Depois de um jogo corrido, com pouca técnica, o 1 X 0 foi pouco, portanto o CRB não conseguiu reverter o placar durante os noventa e tantos minutos, com um goleiro que parece que não treina penalidades e jogadores descompromissados nas cobranças, entregaram o título para as hostes azulinas.

Mas não quero falar sobre o que aconteceu em campo, quero falar de como as coisas aconteceram fora deles, como se dirigir um clube (?) fosse tão complexo assim, o que se esconde por trás de todo isso, pelo menos na minha percepção.

Veja bem, quando lá pelos idos de 2011 o Sr. Marcos Barbosa assumiu a presidência do CRB, foi com o apoio da imensa maioria de torcedores e os ditos Conselheiros do Clube, que são iminências pardas no clube!

A partir daquele ano o CRB conseguiu dois acessos a Série B, cinco campeonatos alagoanos e muitas agonias nas competições nacionais, ficar entre os últimos tem sido uma constante nestes anos, escapando por pouco de novos rebaixamentos.

A meu ver isso tem haver com a forma de se administrar o clube (?), sim, coloco uma interrogação entre parênteses porque sinceramente, nos dias atuais, a impressão que se tem é que temos apenas um time profissional de futebol.

Venho dizendo há muito tempo, a centralização política dentro do clube é apenas um lado dessa história, a direção do time ou clube, simplesmente desapareceu não se houve vozes a mais, tudo é com o presidente Marcos Barbosa, seja para o bem, seja para mal!

Um Conselho Deliberativo que não opina que não atua, as famosas eleições “democráticas” para tal função foi o maior engodo de todos os tempos, tudo embalado com as vendas dos patrimônios do clube, com a construção de um novo CT a mais de 35 km da capital.

Os mais abnegados deslumbrados e embriagados com novas perspectivas para o CRB deram o aval para tudo isso, sem pestanejar, sem nenhum questionamento! Falavam inclusive em bocas miúdas que Marcos Barbosa seria um mal necessário para o clube!

O tempo passou, os métodos heterodoxos de se presidir um clube foi aos poucos se impondo, até chegarmos nesta fase, aonde o “eu” se sobrepõem ao "nós". A

penas um pequeníssimo circulo de poder foi formado dentro do CRB, um núcleo duro aonde não mais que cinco pessoas decidiram tudo nestes últimos anos, sem que nenhum diretor mais pudesse ter voz e voto.

Algumas defecções neste grupo, como foi o caso do Diretor de Futebol Alarcon Pacheco, azulino de quarto costado, mas profissional do futebol, fez parte desse núcleo duro, era bafejado pela imprensa e a maioria da torcida, como o CRB perdeu o tetra ano passado e fez uma campanha para lá de horrível na Série B, acabou caindo, foi torrado na frigideira, seus atributos como torcedor do CSA foram enaltecidos, ficou sem clima e pediu o boné!

Mas é bom ressaltar aqui, antes, com os títulos, ninguém falava do Alarcon, a não ser para elogiar, eram os títulos no campeonato alagoano que escondia estas amarras?

Ou o CRB se remonta internamente ou vai ficar pior, cresce a insatisfação da torcida contra este modus operandi de administrar. Realmente, falta transparência, quem são os diretores, o que fazem dentro do clube. Quem são e o que fazem os Conselheiros do Clube? Qual a opinião deste segmento com relação à administração do Sr. Marcos Barbosa no CRB está tudo certo?

É preciso se posicionar, é preciso tornar as instâncias do clube em polos democráticos, com acessos dos torcedores, dos seus sócios, que não serve para nada, apenas ter descontos supostamente em jogos!

São muitos pontos em desacordos com a atual forma de se administrar um clube, não precisa ser rico para se administrar um clube, recursos existem, o CRB, por exemplo, ganhou algumas boladas interessantes com a Copa do Brasil e Copa do Nordeste, tem que se aplicar a transparência em tudo, falar nessa hipótese parece um sacrilégio.

E a base do CRB, quem manda o que fazem com os garotos da base? Tudo é um mistério, ninguém cobra. O CRB até agora tem montado um time com verdadeiras pernas de pau, ninguém na base era melhor que um Júnior da vida? Mas de novo, nenhum torcedor, sócios ou conselheiros cobra com veemência para dar um choque na gestão.

E o Casarão de Jaraguá, para que serve afinal,  é mesmo uma sede? E o ginásio que estavam construindo por lá, e a piscina? O clube vive de ações individuais de alguns, isso está errado. O voleibol, joia do clube por muitas décadas, aonde se encontra hoje? E o basquete, futsal? E o remo, marca maior de sua existência, nada disso existe como administração do clube, foi tudo terceirizado, pior, duvido que a direção tenha controle sobre estes esportes, alguns nem sabem que existe e muitos não conhecem nem a própria história do clube! 

Não duvido que muitos ali, confundam até símbolo do clube, um Galo de Campina, pelo Galo de Terreiro, lamentável!